13 julho 2010

Igreja Emergente: O que é isso?



Segundo o portal Igreja Emergente, uma igreja emergente é basicamente “um movimento cristão onde as pessoas buscam viver sua fé em um contexto social pós-moderno”. Cunhada no final da década de 90, a terminologia se aplica aquelas comunidades que tem como principal marca a propagação do evangelho dentro das diferentes culturas urbanas.

O movimento já vinha ganhando projeção no Brasil, propagado principalmente através de blogs e sites na internet, mas obteve maior impulso após a publicação do livro “Ortodoxia Generosa”, de autoria de Brian Mclaren.


Sinceros, mas equivocados

Os defensores e pregadores da chamada igreja emergente possuem motivações sinceras. Como missionário, reconheço que a igreja em algumas ocasiões hostilizou e violentou culturas ao invés de valorizá-las, e que isto de certo modo tem sido uma barreira para a pregação do evangelho. Para reparar essa situação, a igreja precisa desenvolver uma teologia que faça separação entre evangelho e cultura. Além disso, as mutações que vêm ocorrendo na sociedade pós-moderna demandam dos pastores e líderes uma revisão missiológica, reelaborando estratégias e contextualizando sua mensagem para que esta possa ser plenamente entendida pela geração emergente.

O problema é que, basicamente, as igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno.


Relativismo, boas obras e ódio pela igreja

Segundo Kevin Corcoran, outra marca distintiva das comunidades emergentes é “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta” [1]. Para alguns, a doutrina realmente não importa, de modo que cosmovisoes excludentes como catolicismo e protestantismo são colocadas por eles no mesmo pacote. Estes simplesmente ignoram que não pode haver justificação onde não existe arrependimento e conversão à Verdade. Ao demonstrarem excessiva preocupação com a práxis em detrimento da doutrina, eles se aproximam mais do catolicismo e do espiritismo do que da tradição evangélica, uma vez que a ênfase recai sobre as obras e não sobre a fé.

Existe ainda uma corrente pós-igreja dentro da igreja emergente, que afirma que a própria igreja é o problema e tentam despir-se dela. “Eles sequer usam a palavra igreja e dizem: Nada do que eles fizeram, nós faremos”, diz Jason Clark [2], outro líder do movimento. Muitos rejeitam até mesmo o título de cristãos e não consentem, em nenhuma hipótese, que chamem suas comunidades de igrejas.

No Brasil, vemos esta influência emergente hostil em Caio Fábio, ex-pastor presbiteriano e atual mentor da comunidade Caminho da Graça, para quem a própria Reforma Protestante foi apenas “um remendo de pano novo em veste velha”[3], desprezando assim cinco séculos de tradição reformada em nome de sua “nova visão”.


Conservadores x Liberais: Duas correntes no movimento

Considerado por muitos como emergente, Mark Driscoll, pastor da Mars Hill Church em Seatle, crê que a igreja emergente tem um lado positivo, que é o de reconhecer a importância da missão dentro da cultura urbana. No entanto, ele mesmo denuncia a ideologia predominante no movimento, que chama de “a ultima versão do liberalismo” [4]. Tendo sido um dos precursores deste modelo de igreja, o pastor diz ter se afastado assim que percebeu que os líderes emergentes estavam entrando por um caminho estranho, e hoje fala abertamente do seu desacordo com Rob Bell e Brian Mclaren, representantes da ala emergente liberal. Mark é talvez o maior divulgador do que poderíamos chamar de lado bom do movimento emergente.

Dan Kimball[5], autor do livro “A Igreja Emergente”, também reconhece que há vozes dissonantes dentro do movimento, e faz distinção entre igrejas emergentes e igrejas que estão emergindo. Seja como for, sua abordagem corrobora a ideia de que existem pelo menos duas facções dentro do movimento. As igrejas emergentes, neste caso, seriam caracterizadas por uma teologia liberal e liderança descentralizada, enquanto as igrejas que estão emergindo (ou emergentes conservadoras), embora nutridas do mesmo desejo de alcançar a geração pós-moderna, são culturalmente liberais, mas possuem uma doutrina ortodoxa, fazendo clara distinção entre evangelho e cultura.

Revendo conceitos

É verdade que existe certa confusão dentro do movimento emergente, mas não podemos negar que algumas das questões levantadas por seus proponentes são realmente importantes: “Que estratégias devem ser usadas para levar o evangelho à geração pós-moderna? A igreja institucional tem sido boa representante de Cristo? Qual o limite entre a contextualização e o sincretismo religioso? Até que ponto devemos mergulhar nas diferentes culturas urbanas para pregar o evangelho?” Estas são perguntas sinceras que merecem uma resposta franca e honesta.

A igreja emergente nasce da nossa falta de preocupação e reflexão missiológica, e apesar da sua ala liberal dominada pressupostos incompatíveis com o evangelho, o movimento possui pontos positivos e tem muito a ensinar-nos. Contudo, precisamos ter muito cuidado para jamais, em nome da forma, comprometer o conteúdo do evangelho. Não podemos exagerar em nosso desejo de ser relevantes culturalmente, pois o evangelho sempre será loucura e escândalo para os incrédulos e ao tentar torná-lo mais atraente, podemos acabar convertendo-o em algo que ele não é.



Notas


1. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=9HMKRfenuWQ - Acesso em 26/06/2010
2. Ibid.
3. D´ARAUJO, Caio Fábio. Contantino, Lactâncio e o Cristianismo Irreformável. [Artigo]
4. DRISCOLL, Mark. Confissões de um pastor da Reformissão. Niterói: Ed. Tempo de Colheita, p. 23
5. KIMBALL, Dan. A Igreja Emergente, São Paulo: Ed. Vida, 2008


11 comentários:

Anônimo disse...

Excelente txt. Acompanho sempre o debate sobre esta questão de igreja emergente, não só isso, mas a tragetória da igreja em geral mesmo lá dos séculos 2 e 3. Não me adimiro com o surgimento do movimento.

Em linhas gerais, quanto a esta questão não vejo nenhuma diferença disto com o movimento anabatistas, batista e congregacional lá no século 17 e 18, quando questões politicas e religiosas foram palco das discussões desses grupos contra a igreja reformada. Os congregacionais por exemplo, trouxeram uma nova perspectiva sobre governo na igreja e não somente isto, mas também na sociedade. Os anabatistas e os batistas logo após trouxerem uma perspectiva teológica quanto ao batismo, o que ocasionou um racha entre reformados e pós reformados.

Essas questões sempre existiram na igreja. Eu particularmente faço várias observações sobre o comportamento quanto ao comportamento da igreja ao longo dos tempos fazendo certas oposições as maneiras a partir de cada demanda de oposição refletito sobre uma ética absoluta, aglomero a relativa e logo se estabelece a práxis. Isto a principio é renovador, como foi o caso da reforma.

Obviamente, não concordo com o desvinculo de um indivíduo crente ao nome igreja, mas concordo que igreja é local, extra local e universal, transcendente ao modelo que estabelecemos apartir de certo relativismo. O relativismo está a todo tempo, inclusive na igreja evangélica. Hoje raramente um batista ou prebiteriano (exemplo) discutem sobre pedobatismo ou credobatismo, no dialogo são irmãos, ainda que em oposição teologica. Isso para nós hoje alcançou o relativismo de pensamento, mas no século 17 e 18 a briga era sobre o que vinha a ser absoluto. Dificilemente um presbiteriano chamaria o batista de irmão ou vice-versa.

Quero dizer que meu comentário em nada combate o que você expôes aqui. Até porque não me difino emergente, assim como não me denomino de ABC, sou vinculado a igreja em minha cidade, não abro mão de estabelecer claramente uma diferença em Cristo e sociedade, e sei dos exageros que diversos movimentos trazem, esta é só uma reflexão quanto a questão.

Pax.

Ricardo Mamedes disse...

Leonardo,

Concordo que o assunto tratado pelo texto deve ser discutido. Porém, discordo da necessidade de se "urdir" técnicas, as mais diversas, e as mais bizarras, para se alcançar pessoas.

Não gosto de igreja emergente, pois é inconciliável com ortodoxia. Ponto. "Igreja emergente" remete obrigatoriamente a relativismo teológico e a pós-modernismo. E, nesse sentido, não dá pra ser 'meio ortodoxo ou meio relativista". Ou se é 'quente', ou se é 'frio'. Morno, nunca.

Eu, pelo menos com o parco conhecimento teológico que tenho, jamais vi um modelo de igreja emergente que primasse pela ortodoxia e pelos valores da reforma protestante em sua essência.

Sim, concordo que há necessidade de expansão do Evangelho da salvação para que alcance "toda criatura". Por outra vertente, concomitantemente, vigora em mim a certeza de que a Palavra da Verdade, por si mesma, é viva e eficaz, bastando ser anunciada, sem grande estardalhaço e 'técnica'. A Palavra de Deus prescinde de marketing, a menos que acreditemos que o Eterno não seja assim 'tão soberano'.

Quando penso no pós-modernismo, sempre me vem à memória Hebreus 11, e então cultivo mais e mais a certeza de que o que move o cristão é a fé naquEle que não se mostra. Cremos no que não vemos, ou pelo menos devemos crer. Esses modelos de 'igreja' oferecem um 'deus' mais visível, mais concreto, mais 'confiável' sob o ponto de vista sumamente humanista.

Charles Finney em seu movimento avivalista de outrora já oferecia esses mesmos 'recursos' para a 'nova igreja' (o que faz lembrar nova era).

Sinceramente, acredito que aqueles que não creem na força do Evangelho por si mesmo, exclusivamente pelo poder da Palavra e que querem dar um 'empurrãozinho', acreditam em um 'deus' qualquer, menos no Deus bíblico. 'Boas intenções', não necessariamente trazem bons frutos, especialmente no que concerne à teologia. O passado mostra isso.

Gostei muito do texto.

Abraços!

Ricardo.

Daniel Clós disse...

Excelente texto Leonardo.

5 anos atrás comecei a ter "contato" com o movimento emergente. Apesar de ser "rico" em citações do novo e velho testamento, parecem um tanto pobre em crer naquilo que ali está escrito.

Um tempo atrás refutei um texto publicado no principal blog emergente brasileiro em que seu autor afirmava não ser mais Jesus o único caminho e que esta porta. Jesus, estava fechada, por ser impossível aceitar a morte de um homem pela minha salvação.

Conheço pessoas que se enquadram no que você definiu no texto como Conservadores e os vejo como cristãos verdadeiros e verdadeiras fontes de ensino... no entanto conheço um grande grupo e Liberais, que não desejam a Cristo, mas uma "religião" que não é "religião" onde podem fabricá-la a seu bel prazer satisfazendo suas necessidades e peenchendo seus espaços ocos.

Leonardo Gonçalves disse...

José Eduardo,

Suas palavras foram de grande sabedoria. Particularmente, penso que o pedobatismo - embora errado (sou credobatista, rs), é apenas uma questao periférica, pois o cerne de tudo é a justificaçao pela fé, sem a qual o protestantismo nao subsiste.

Do mesmo modo, penso que reunir-se informalmente em casas ou em um "templo" religioso é uma questao periférica, e diga-se de passagem, até menos importante que o pedobatismo. Nao tenho nenhuma implicancia a priori com o movimento, e acho que as perguntas que tem surgido neste contexto de igreja pós-moderna sao extremamente importantes.

A igreja emergente tem como grande virtude o resgate da missao da igreja, mas a teologia liberal tem conseguido destruir tudo de bom que essa "nova" perspectiva missional representa, pois se por um lado desejo do fundo do meu coraçao que o homem pós-moderno conheça a Jesus, por outro lado ao dizê-lo nao tenho em mente nenhum outro Jesus senao aquele sobrenatural, o substituto e cheio de glória. Levar o homem pós-moderno a conhecer um Jesus diferente daquele apresentado na bíblia é a missao de satanás, e nao da igreja.

Espero sinceramente que ao menos no Brasil o movimento emergente tome um rumo melhor. Ainda dá tempo de reverter o placar! =)

Paz e bem.

Leonardo.

Leonardo Gonçalves disse...

Ricardo Mamedes,

Eu ainda estou tentando entender a igreja emergente. Neste caminho, descobri o porque de quase tudo que possui o rótulo de igreja emergente ter o cheiro do liberalismo. Acontece que o pessoal da "Vila Emergente" se apropriou da alcunha lá atrás, nos primórdios do movimento, de modo que hoje a palavra emergente quase sempre vem associada a heresia pós-moderna.

Contudo, nesta investigaçao tive também o prazer de conhecer a Mars Hill e o louco do Mark Driscoll, que é crente e pregador de uma soteriologia reformada de "fazer gosto"! =) Assim, comecei a enxergar algumas questoes de modo diferente e deixei de generalizar a coisa.

Penso que essa releitura da missao da igreja é sempre importante. Definitivamente nao é coisa nova, pois embora o conteúdo da mensagem nunca mude, o modo de abordar as pessoas e a apresentaçao dessa verdade é flexível ao tempo e a cultura. Assim, como cada geraçao apenas pode alcançar a sua geraçao para Cristo, penso que nada podia ser mais natural que este diálogo entre jovens líderes buscando alcançar a geraçao emergente.

Quanto aos métodos, é claro que nao vou pendurar uma melancia no pescoço só para chamar a atençao das pessoas e atraí-las à minha igreja. Mas apesar disso, penso que a tentativa de sociabilizar com as pessoas em uma perspectiva cultural pode ser uma estratégia inteligente. Na dúvida, basta lembrar do grande missionário de Nazaré, que foi um judeu em toda semelhança com os judeus do seu tempo, sendo diferente apenas no pecado.

Que Deus nos abençoe!

Leonardo.

Leonardo Gonçalves disse...

Daniel Clós,

Tem como me enviar o link deste texto. Gostaria muito de ler. Também discordo desse Jesus estranho que nao é o único caminho, nem a verdade absoluta e nem conduz à vida eterna.

Desse Jesus genérico eu quero distância... =9

Paz e bem.

Ricardo Mamedes disse...

Leonardo,

Observando o seu comentário ao José Eduardo e a resposta ao meu último comentário, sintetizo tudo com uma indagação: como conciliar o pós-modernismo, o liberalismo teológico, com a Palavra de Deus?

Eu acho difícil aceitar um movimento que relativiza o Evangelho e não aceita como real o Cristo ali retratado... Ora, a partir do momento em que se lançam por terra todos os absolutos, passando a ser tudo relativo, inclusive o próprio Cristo histórico, o que pode se aproveitar de um movimento assim?

Quanto às mudanças que você propõe, eu também aceito e busco, mas sem a necessidade de transigir com a verdade, aceitando, por exemplo, teologias heréticas como esta, liberal (não estou dizendo que você aceita). O fato é que não dá pra transigir em algumas coisas, jamais, e a sã doutrina é emblemático disso, sob pena de "levedar toda a massa". Por outro lado, ainda parafraseando o apóstolo Paulo, é possível que "façamos males para que nos sobrevenham bens"?

Na dúvida e para não correr riscos, prefiro a ortodoxia. Quanto ao Driscoll, ele é mesmo bom.

NEle,

Ricardo.

Leonardo Gonçalves disse...

Ricardo Mamedes,

Pois é isso que estou querendo dizer: Nem todo emergente é liberal. Em síntese, o movimento emergente é uma iniciativa missional, que tem como meta contextualizar a mensagem de Cristo de modo que ela seja entendida pelo homem pós-moderno.

Como missionário, posso dizer que estou familiarizado com iniciativas como essa. Volta e meia me pego pensativo... meditando sobre como contextualizar o evangelho de modo que ele seja acessível a esta ou aquela cultura.

O problema é que muitos (mas nao todos, insisto - e o Driscoll é um exemplo disso) confundiram contextualizaçao com mutaçao e em lugar de adaptar a mensagem, a modificaram.

Eu também prefiro a ortodoxia, e nao a troco por nenhum vento de doutrina. Porém, todos os dias peço a Deus criatividade para transmití-la de modo sábio, até mesmo em novas "formas", mas com o mesmo conteúdo.

Contextualizar o evangelho nao é novidade nenhuma. Em Lausanne, há 30 anos atrás já se falava nisso! A diferença (a meu ver) é que os emergentes aplicam esta estratégia missionária na evangelizaçao das grandes cidades.

Contextualizar o evangelho também nao é apenas uma demanda do nosso tempo, mas de "todos os tempos". Paulo fez isso de modo magistral no areópago de Atenas, apresentando o Deus verdadeiro aos pagaos atenienses numa linguagem acessível a eles.

Exemplos abundam, e a bíblia está repleta deles. Vejo isso no diálogo de Jesus com a Samaritana, quando ele se apresenta como "água", e no seu discurso sobre o "pao da vida". A própria encarnaçao, como já disse anteriormente, é o exemplo máximo da contextualizaçao, quando o Deus tarnscendente se vestiu de carne, assumindo nossa cultura para fazer a comunicaçao mais eficaz.

Assim sendo, nao posso dizer que sou contra o movimento emergente, visto que ele está cimentado na missiologia bíblica. Essa é a grande contribuiçao do movimento emergente: Trazer a missiologia para o centro da discussao teológica e aplicá-la no cotidiano da igreja local.

Sou contra (e isso sim!) o liberalismo camuflado de cristianismo que "emerge" junto com ele. Sou contra o anti-sobrenaturalismo e a ressurreiçao de teólogos medíocres como Bultmann e Tillich, bem como dos seus pressupostos capengas que privam o evangelho da sua essência. Isso nao é contextualizaçao, mas estupro exegético!

Acho que todos os pastores deviam "emergir" como missionários para o seu tempo, porque cada geraçao apenas alcançará a sua geraçao para Cristo.

Paz e bem!

Leonardo Gonçalves disse...

Correçao: Em Lausanne, há quase 40 anos! (1974)

Daniel Clós disse...

Ai Leonardo, o link para o texto uma clara afronta ao cristianismo... a Fé Cristã:

http://www.igrejaemergente.com.br/?p=1304

Um tempo atrás escrevi um texto sobre este assunto no antigo blog (Batalha pelo Evangelho) e tenho outro ainda não publicado, em parte porque realmente vejo a Ig. Emergente como um cuspe que secará ao sol.

PS. Não precisa, mas se quiser, pode publicar.

Leonardo Gonçalves disse...

Daniel Clós,

Li. Reli e tentei encontrar algo do cristianismo ali, e nao achei. Nao restou nada. Nao restou caminho, nao restou verdade... Nao restou sangue. Nao restou poder.

Realmente, é outro caminho. E já sabemos onde ele conduz.

Paz.

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